Medos e Fobias

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Medo Trata-se de uma emoção natural do ser humano. O medo atua como um aliado, protegendo-nos e funcionando como um sinalizador para precaução contra perigos reais. Se procurarmos nos livros e estudos de Psicologia, encontraremos inúmeras conceituações sobre esta emoção, entre elas, a de que o medo é resultante de uma ameaça à rotina da existência.
Fobia A fobia é uma espécie de medo acentuado, excessivo, desmedido, na presença ou previsão de encontro com o objeto ou situação que causa ansiedade em um grau elevadíssimo.

Quando costuma ocorrer:

Medo

Em situações que exigem atenção, como quando precisamos atravessar a rua e olhamos para ter certeza que o carro parou. Em situações que exigem um preparo adequado, com antecedência, por exemplo, quando vamos dar uma boa palestra ou queremos fazer bonito na apresentação de uma dança ou peça de teatro.

Medo: nosso grande aliado

Crescemos ouvindo que é feio sentir medo. Por isso, tantas pessoas tâm dificuldade em falar ou expressar seus medos. Elas se consideram fracas, evitando ao máximo que os outros descubram o que elas sentem. E, ao contrário, o medo é uma emoção natural do ser humano. Não dá para imaginar nossa vida sem que em algum momento nós não tenhamos nos deparado com ele. O medo nos protege. Ele funciona como uma espécie de aviso para nos precavermos de perigos reais. A própria sobrevivência da espécie ocorreu por ter, como aliado, o medo.

Frente às ações e objetivos a serem alcançados o medo atua como regulador da inteligência que é estimulada no sentido da melhor escolha, visando evitar o fracasso das metas estipuladas.

Fobias

Como você viu anteriormente, a fobia é uma espécie de medo acentuado, excessivo, desmedido, na presença ou previsão de encontro com o objeto ou situação que causa ansiedade, num grau

elevadíssimo. Embora os cientistas ainda não consigam explicar por que uma fobia ocorre, os estudos e pesquisas tâm apontado para algumas possibilidades como:

Perfil psicológico das pessoas ansiosas ou fóbicas

São, em geral, competentes, detalhistas, inteligentes, organizadas, responsáveis, humanas, porém não gostam de críticas. Sofrem geralmente de ansiedade antecipatória isto é, querem o resultado antes mesmo de fazer.

Perfil que corresponde também a fobia de dirigir, pequisado e divulgado pela primeira vez em 1996, pela psicóloga Neuza Corassa, que rapidamente ficou conhecido em âmbito Nacional.

Quando se deve tratar a fobia

Quando a pessoa perceber que a sua vida está ficando limitada e a dificuldade está interferindo nas outras áreas de sua vida. Algumas fobias não terão necessidade de serem tratadas (por exemplo, se a pessoa tem fobia de cobras, mas mora na cidade, poderá conviver com este fato sem maiores problemas).

Como se deve tratar a fobia

Trata-se através de psicoterapia em que se organiza uma escala de exposição ao objeto, ou situação que causa ansiedade. A aproximação deve ser de maneira gradual, gradativa. Mas deve se manter uma certa frequência de pelo menos 2 vezes por semana de exposição ao objeto ou da situação que causa ansiedade alta, para poder obter bons resultados.

Análise Funcional (Diagnóstico)

O diagnóstico é apropriado quando a pessoa começa a se esquivar o tempo todo em relação ao objeto fóbico, ou quando ocorre ansiedade antecipatória ante a possibilidade de chegar perto do referido objeto ou da situação que causa ansiedade elevada, como uma apresentação, chegando a afetar a sua rotina diária e social. Tudo é cercado de muito sofrimento.

Características que ajudam a identificar pessoas propensas a desenvolver fobias. Dados levantados pelo CPEM:

  • Competentes
  • Excesso de responsabilidade
  • Detalhistas
  • Importar-se com o olhar do outro
  • Dificuldade de receber críticas
  • Organizadas
  • Críticas
  • Sensíveis aos sentimentos
  • Inteligentes
  • Elevada consciência social
  • Sentem necessidade de ter o controle

Conheça um pouco sobre algumas fobias.

Para tanto, acompanhe abordagem que se segue. Parte referente a estudos e dados da clínica e parte descritos no livro “Sem medo do medo” do psiquiatra Tito Paes de Barro Netto.

Fobia de andar de avião

Aumenta a cada dia o número de pessoas que precisam voar, sobretudo por motivos profissionais. Consequentemente, o número de pessoas que procuram tratamento para esse tipo de fobia também tem aumentado.

Há pessoas que recusam empregos por temerem viajar de avião. O medo não está relacionado a um único aspecto e inclui o medo de um acidente, de ficar fechado, da altura, da instabilidade, e de perder o controle.

A fobia de andar de avião também pode estar associada ao medo de não dar tempo de ser feliz. A pessoa muitas vezes tem filhos pequenos e quer vâ-los crescer. Eventualmente, mantém um relacionamento ruim com seu parceiro (a), mas adia a solução do problema.

Na sua imaginação, se entrar num avião e o avião cair terá perdido a chance de ser feliz, porque ainda não resolveu os seus problemas, seus filhos não cresceram, ainda não fez tudo o que queria, nem amou como pretendia.

É bom lembrar que pessoas com fobia de andar de avião têm necessidade de que o controle da situação esteja com elas. No caso do avião, é impossível. Se acontecer alguma falha no aparelho, elas não poderão fazer nada.

Piloto Gustavo Leia matérias sobre o medo de voar

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Fobias de animais e insetos

Em relação aos animais, pode haver um grande número de fobias, que vão dos insetos a animais de porte maior. O que é mais comumente observado no dia-a-dia, contudo, são as fobias de insetos (baratas, abelhas, vespas, borboletas, mariposas, traças).

Existem também com bastante frequência fobia de aranhas, cobras, pássaros, cães, gatos, sapos e ratos e até de animais menos típicos, como as lagartixas.

Parece compreensível ter medo de cães, mas as pessoas não entendem, por exemplo, um escândalo por medo de barata. A barata é inúmeras vezes menor do que um ser humano, portanto, não apresentaria ameaça alguma. Porém, o medo inconsciente é do que a mesma possa transmitir. Neste mesmo prisma está a fobia do rato, isto é, o medo de que possam transmitir doenças que levem à morte.

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Fobia social

A característica essencial da fobia social é um medo acentuado e persistente de situações sociais ou de desempenho nos quais o constrangimento possa ocorrer. A pessoa passa a temer uma série de situações nas quais possa ser observada por outras pessoas que podem formar uma opinião ou julgamento sobre ela.

É como se as outras pessoas tivessem todo o tempo disponível para fazer julgamentos, sempre pelo lado negativo. A pessoa geralmente perde um tempo precioso, pois é um perfil muito bom, e por causa deste desgaste a pessoa não tem consciência do que ela é e fica com baixa estima.

As situações desencadeadoras de ansiedade mais comumente observadas são: falar em público, comer, beber e escrever diante de pessoas, conversar com as pessoas, ir a festas ou reuniões, ambientes em que estejam outras pessoas (transportes coletivos, clubes, escolas, lojas), falar ao telefone, situações de aproximações ou ansiedade de encontros.

Ao entrar em uma dessas situações, ou na simples antecipação delas, o fóbico social experimenta grande desconforto, que é acompanhado de sintomas físicos, como: palpitações, sudorese, diarréia, tremores, tensão muscular e rubor facial.

Os fóbicos sociais superestimam a probabilidade de as coisas não darem certo e têm sempre a idéia de estarem sendo observados.

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Fobia de lugares fechados

O principal temor é de ficar preso e não conseguir sair do local. Entre os objetos mais comuns desse tipo de fobia estão os elevadores.

A pessoa geralmente teme que uma falha mecânica a deixe presa por horas dentro de um cubículo. Isso acarreta verdadeiro pavor.

Um dos pensamentos mais comuns é o de ficar preso no elevador e o ar esgotar, apesar de todo elevador dispor de um sistema de ventilação especialmente elaborado para esse tipo de ocorrência.

Entretanto, outros objetos e locais podem delinear o quadro da claustrofobia, como: cabines telefônicas, escadarias de prédios (medo de ficar preso entre portas corta-fogo), banheiro, bancos com portas que travam e transportes coletivos. Essa fobia, às vezes, coexiste com a agorafobia que é o medo de espaços abertos onde haja dificuldade de socorro imediato.

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Fobia de lugares altos

A altura exerce um medo comum e até certo ponto compreensível. Estar próximo de um precipício pode acarretar medo de escorregar e despencar. É normal, já que se trata de um perigo real, diferente do medo de ficar, por exemplo, trancado em um banheiro.

O medo, no entanto, torna-se irracional quando ocorre diante do simples fato de a pessoa se encaminhar em direção a uma janela de um prédio, ou de estar em locais altos que são protegidos por grades ou vidros espessos, como os edifícios com vista panorâmica.

As pessoas com fobia de altura, ou acrofobia, reagem com medo nas situações envolvendo altura, não conseguem olhar para baixo, sentem vertigem. As situações geradoras de medo são bastante variáveis e vão de mezaninos de teatros, passando por escadas, escadas rolantes, ladeiras, até o topo de edifícios altos.

É comum que as pessoas que sofrem de acrofobia apresentem um medo de perder o controle e de se jogarem do local em que se encontram. Também é comum terem a sensação de estarem sendo “puxados” para baixo. Isso ocorre mesmo com a presença de anteparos protetores.

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Fobia de sangue e ferimentos

O que caracteriza essa fobia é o fato de que a pessoa, ao entrar em contato com sangue, agulhas ou feridas e mutilações, tem a sensação de uma intensa náusea, muito mais forte do que medo e ansiedade. Em seguida, a pessoa pode, inclusive, ter uma síncope (desmaio).

Essa é uma fobia que foge bastante ao padrão habitual. Um dos aspectos é uma resposta fisiológica diferenciada das demais fobias. Em vez de os batimentos cardíacos se acelerarem, as pessoas com a fobia de sangue e ferimentos registram, após um breve período de aceleração, uma redução dos batimentos que pode levar a um desmaio pela diminuição da oxigenação do cérebro (hipoxia).

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Fobia de dentista

Sabe-se que a maioria das pessoas tem um leve receio de ir ao dentista. Uma pequena porcentagem, no entanto, tem verdadeiro pavor, apresentando inclusive ataques de pânico na cadeira do dentista.

A consequência mais séria que advém para essas pessoas é a deterioração dos dentes, às vezes com sérias complicações, envolvendo comprometimento de canais e doenças das gengivas.

Os maiores temores relacionam-se com a anestesia e a ação da broca (motor). O medo parece aumentar a sensação subjetiva de dor. Além disso, as pessoas parecem esperar sempre por um desconforto muito maior que aquele de fato produzido. Para algumas pessoas, a visão da roupa branca do dentista é terrível, e se ele usar um jaleco ou camisa de outra cor, a ansiedade decresce.

Alguns pacientes chegam a desmaiar na cadeira. Uma boa comunicação e empatia com o dentista ajudam muito, sobretudo se o profissional entender e respeitar o medo. É importante que o dentista explique de forma detalhada os procedimentos que serão realizados, e o grau de desconforto e dor que de fato ocorrerão.

Combinações de sinais previamente estabelecidos, como erguer a mão ao primeiro sinal de dor, podem minimizar o problema. A familiarização com o consultório também pode ajudar na habituação.

A observação de outras pessoas sendo tratadas, recebendo anestesia e sendo submetidas à ação do motor, funciona como um modelo positivo, na linha do “não deve ser tão terrível assim”. Isso tem se mostrado útil em crianças, que, antes de serem submetidas a um tratamento dentário, brincam no consultório do dentista, para facilitarem o contato e o trabalho, dando um colorido lúdico ao tratamento. É válido também para adultos o processo da modelagem passo a passo.

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Fobia de doenças

O que caracteriza essa fobia é o medo exagerado de estar com alguma doença, como câncer, AIDS, algum problema cardíaco e, consequentemente, morrer dessa doença.

As pessoas que sofrem desse tipo de fobia evitam ler ou assistir a programas na televisão que tratem do assunto. Evitam entrar em hospitais e até mesmo conversas cujo tema gire em torno de doenças, ou de pessoas que estejam doentes.

Constantemente se examinam, observando o aspecto da sua língua, coloração dos olhos ou apalpam seu corpo à procura de algo errado. Marcam consultas frequentes com médicos, geralmente clínicos gerais, para se reassegurarem de que não há nada grave.

É diferente de hipocondria, pois nesta, o medo é difuso e envolve diversas doenças.

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Fobia do escuro

O medo da escuridão pode ser normal em certas circunstâncias, sobretudo se vocâ estiver em um local desconhecido.

Entretanto, ter medo de ficar no escuro dentro de sua própria casa é um medo irracional, configurando-se, assim, uma fobia. Geralmente o medo é de abrir os olhos no escuro e ver “algo”, ligado ao sobrenatural. Às vezes, o escuro está ligado à morte e, portanto, ao desconhecido ou ao conhecido imaginado.

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Fobia de tempestade

Chuva, trovões e raios, quando chega o verão, aumenta a ansiedade das pessoas que têm verdadeiro pavor de tempestades. Algumas delas não saem de casa sem consultar a previsão do tempo. O problema leva a uma série de limitações na vida profissional e pessoal dessas pessoas devido à esquiva, que é proeminente.

Se estiver chovendo, dificilmente se aventuram a sair de casa. Há pessoas que, durante uma tempestade, fecham-se em armários e só saem depois que cessa o fenômeno. Algumas permanecem junto a seus cães de estimação que, como é sabido, também são excessivamente sensíveis aos ruídos de trovões e fogos de artifício. Outras cobrem-se para sentir mais proteção.

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Fobias alimentares

Há dois tipos de fobia alimentar. No primeiro, a pessoa tem medo de engasgar com o alimento, o que a leva a fazer uso somente de líquidos ou alimentos sob a forma de papa, preparados no liquidificador. A perda de peso é um dos sintomas mais pronunciados e é causada pelos hábitos alimentares típicos dos portadores desse tipo de fobia.

A pessoa sente que sua boca e garganta estão excessivamente secas, e que o alimento sólido pode ficar entalado. E, ao sentir-se ansiosa, a respiração fica alterada, complicando ainda mais o quadro.

No segundo tipo, o que ocorre é uma espécie de aversão a algum tipo específico de alimento, acarretando náusea e, ás vezes, vômito. Neste caso muitas vezes o diagnóstico pode vir rotulado como “anorexia” ou “bulimia” e, no entanto, pode tratar-se de fobia à alimentação.

Além disso, muitas pessoas evitam comer em locais públicos. Neste caso, há também uma situação de fobia social, pois o que mais a incomoda é parecer que tem alguém a observando.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Barros Neto, T. P. (1999) Sem medo de ter medo. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Bernick, M. A (1989). Ansiedade. Revista Brasileira de Medicina. Vol. 46, no 4, p. 99.

Corassa, N. (1996). Síndrome do carro na garagem. Suplemento Viver Bem da Gazeta do Povo. Ano XIII, no 661, p. 24.

___________ (1996) Medo pede carona. Revista Veja. Ano 29 , no 44, p. 100.

____________ (2000). Vença o medo de dirigir – como superar-se e conduzir o volante da própria vida. São Paulo: Gente.

DSM-IV (1994). Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais.

Falcone, E. (1995). Cap. 14 A relação entre o estresse e as crenças na formação dos transtornos de ansiedade.

Em Zamignani, Vol. 3: Sobre Comportamento e Cognição. Santo André: ARBytes.

Wolpe, J. (1978). Prática de terapia comportamental.São Paulo: Brasiliense.

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